quinta-feira, 30 de abril de 2009

Gente um pouco de
distração para melhorar
nosso humor..



  • Piadas Comentadas


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    Batman pegou seu bat-sapato social e seu bat-blazer,aonde ele foi?
    -A um Bat-zado (dãã)

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    Dois litros de leite atravessaram a rua e foram atropelados..
    Um morreu, o outro não, por quê?
    Por que um deles era Longa Vida (puuutz)

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    Porque o elefante nao pega fogo?
    Porque ele já é cinza (sem comentários)


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    O que o cavalo foi fazer no orelhão?
    Passar um trote ( ???..??)

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    O que dá o cruzamento de pão, queijo e um macaco?
    X-panzé :P (vixe!!)

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    Porque a Angélica não mata baratas?
    Porque ela espera o Maurício Mattar (essa é horrível e velha)

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    O que o tomate foi fazer no banco?
    Foi tirar extrato. (lançamento!!)

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    O que a galinha foi fazer na igreja ?
    Assistir a Missa do Galo. (ô ô ô)

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    Por que a mata é virgem?
    Porque o vento é fresco. ( mmmm....mmmm )

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    Como as enzimas se reproduzem ?
    Fica uma enzima da outra.( hehe! )

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    Por que a Coca-Cola e a Fanta se dão muito bem?
    Porque se a Fanta quebra, a Coca-Cola ! (grrrrr)

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    Por que não é bom guardar o quibe no freezer?
    Porque lá dentro ele esfirra. (ó, q capacidade)

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    Por que as plantinhas não falam?
    Porque elas são mudas. ( argh...)

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    Por que o galo canta de olhos fechados?
    Porque ele já sabe a letra da música decor (aveeee!!)

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    Por que o Batman colocou o batmóvel no seguro?
    Porque ele tem medo que robin. (naum, naum)

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    Por que Peron não teve filhos?
    Porque sua mulher Evita! ( ...ai meu pai....)

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    Como o Batman faz para que abram a bat-caverna?
    Ele bat-palma. (ai.....)

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    Como se faz omelete de chocolate ?
    Com ovos de páscoa ! (vai nessa!!)

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    O que o advogado do frango foi fazer na delegacia ?
    Foi soltar a franga. (uiiiii!!)

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    Por que na Argentina as Vacas vivem olhando pro céu?
    Porque tem "Boi nos Ares"! (...essa ganhou de todas)

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    Por que o Maradona não gosta que chamem ele de Craque?
    Porque ele prefere Flamenguista. (hahaha...)

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    Para que serve óculos verde ?
    Para verde perto...

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    Para que serve óculos vermelho ?
    Para vermelhor...

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    Para que serve óculos marrom ?
    Para ver marromenos... (péssima essa...)

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    Por que a mulher do Hulk divorciou-se dele ?
    Porque ela queria um homem mais maduro...

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    Por que o jacaré tirou o jacarezinho da escola?
    Porque ele réptil de ano.(nossa!!!)

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    Você conhece a piada do fotógrafo ?
    Ainda nao foi revelada. (essa então!)

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    Você sabe qual e o contrário de volátil ?
    Vem cá sobrinho. (certo...)

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    Como se fala top-less em chinês?
    Xem-chu-tian. (aii)

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    Você sabe qual a diferença entre a lagoa e a padaria ?
    Na lagoa há sapinho, e na padaria, assa pao.

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    O que um cromossomo falou pro outro?
    Cromossomos bonitos!

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    Piadas Curtas

    Como é que se chama um traficante armado até os dentes * É melhor chamar de senhor...
    Como é que se faz um monte de velhinhas gritar "Merda"? * É só gritar "Bingo"
    Por que Hitler odiava os judeus? * Porque não conhecia os argentinos.
    O que é preciso para reunir os Beatles? * Mais três balas.
    Um advogado e sua sogra estão em um edifício em chamas. Você só tem tempo pra salvar um dos dois. O que você faz? Você vai almoçar ou vai ao cinema?
    Um baiano deitado na rede pergunta pro amigo: * Meu rei... tem aí remédio pra picada de cobra? * Tem não, meu lindo. Por que, você foi picado? * Não, mas tem uma cobra vindo na minha direção.
    Conversa de casados: * Querido, o que você prefere? Uma mulher bonita ou uma mulher inteligente? * Nem uma, nem outra. Você sabe que eu só gosto de você.
    A mulher comenta com o marido: * Querido, hoje o relógio caiu da parede da sala e por pouco não bateu na cabeça da mamãe... * Maldito relógio. Sempre atrasado...
    Qual a diferença entre um político e um cachorro atropelados??? * Antes do cachorro, há marcas de freada...
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    Se você está se sentindo sozinho, abandonado, achando que ninguém liga para você...
    "Atrase um pagamento"
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    Piadas Longas


    Era o dia do exame final.

    O Joãozinho ia ser examinado pela professora em prova oral, e a professora, que era nova na escola, iria ser observada pelo diretor. Sentam-se a Professora e o Joãozinho, um de frente para o outro, e o Diretor ficou em pé, atrás do menino. A professora pergunta:

    - Joãozinho, o que D. Pedro I disse quando proclamou a independência do Brasil ?(Enquanto isso a professora derruba o lápis no chão, e abaixa-se para pegar)

    Quando a professora se levanta, pergunta:
    - E, então, Joãozinho o que ele disse?
    - Hummm...peitinhos maravilhosos!!!!
    - Não é nada disso!!! Zero!!! - diz a Professora, nervosa.
    O Joãozinho vira-se pro diretor:
    - Pô, cara! Se não sabe... não sopra!!!




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    Entrevista para um Emprego
    O psicólogo fazia testes para admissão de novos candidatos em uma empresa de seleção.

    Pode entrar o primeiro candidato:
    - O senhor pode contar até dez, por favor!
    - Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um.
    - Por que você contou de trás pra frente?

    - É que eu trabalhava na Nasa!
    - Sinto muito, está reprovado!

    Entra o próximo:
    - O senhor pode contar até dez, por favor!
    - Um, três, cinco, sete, nove, dois, quatro, seis, oito, dez!
    - Por que você contou primeiro os ímpares e depois os pares?
    - Porque eu trabalhava como carteiro.
    - Sinto muito, está reprovado!

    Entra o próximo:
    - Antes de começarmos, por favor me diga uma coisa, o que o senhor fazia no emprego anterior.
    - Eu era funcionário público!
    - OK! O senhor pode contar até dez?
    - É claro! Dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, valete, dama, rei e ás.
    Mais piadas longas


    Teoria do Banheiro

    Defende-se uma teoria, a de que todo mundo quando vai ao banheiro, "passar um fax", dá uma olhadinha enquanto puxa a descarga. Se essa teoria se aplica a sua pessoa,de quais dos exemplos abaixo você já participou?FANTASMA - Você sente sair, vê o bicho no papel, mas não tem nada na privada.CLEAN - Você sente sair, o bicho está lá na privada, mas o papel está limpinho.MONTINHO - Depois de limpar a bunda umas cinqüenta vezes ainda parece que não está limpo. Então você embola papel higiênico entre a bunda e a cueca pra não borrar.QUERO MAIS - Acabou de puxar a descarga, já puxou as calças até o joelho e de repente tem que começar tudo de novo.HEMORRAGIA CEREBRAL - Aquele que requer tanta força que você fica todo roxo e quase tem um derrame.TORPEDO - Tão grande que dá medo de puxar a descarga sem antes quebrar no meio com o cabo de uma escova de dentes.EMBORA EU QUEIRA - Quando você fica sentado com uma baita dor de barriga mas só sai vento. Particularmente frustrante em banheiros públicos.CAMINHÃO BASCULANTE - Sai tão rápido que mal da tempo de sentar.AERÓGRAFO - Versão diarréia do "Caminhão Basculante".Antes mesmo de você sentar, BUM! Uma carga explosiva recobre todo o interior do vaso de uma camada mais ou menos uniforme de respingos. A água continua limpinha.
    ILHA - Uma massa marrom e disforme saindo pra fora da água.CHAMA O ENCANADOR - Tão grande que entope o vaso e a água transborda. Você deveria ter seguido a dica do"Torpedo".HÉRNIA DE DISCO - Requer tanta força que você acha que está saindo de lado.ESTOU PARINDO - Um cruzamento do torpedo" com o "Hérnia de Disco". O produto assemelha-se, em tamanho e formato, a uma lata de batatinhas Pringle's. Depois que sai você sente um vazio interior. RABO DE MACACO - Não para de sair: Você tem duas escolhas, ou ir puxando a descarga e continuar mandando brasa, ou arriscar-se a ver o bicho ir empilhando até chegar na sua bunda.
    COELHINHO - Um monte de cocozinhos redondos que parecem bolinhas de gude e que fazem barulhinho ao cair na água.CABUM - Desce de uma vez, em MRU (Movimento Retilíneo Uniforme).PROMETO MASTIGAR MELHOR - Quando o pacote de Doritos da noite passada parece vidro moído ao descer.MORREU UM BICHO AQUI DENTRO - Também conhecido como "LIXO ATÔMICO" ou "CACHORRO MORTO". É claro que você não avisa ninguém do odor infecto. Em vez disso, você fica disfarçadamente perto da porta do banheiro fazendo força pra não dar risada enquanto as pessoas saem correndo e engasgando ali de dentro.AINDA TEM UM PENDURADO - Tem que esperar pacientemente o último pedaço cair, porque se você tentar limpar agora, vai borrar tudo.LANÇA CHAMAS - Chamusca os pelinhos. Faz você jurar nunca mais chegar perto de acarajé.PRIMOGÊNITO - Tão perfeito, marrom e saudável que dá pena de puxar a descarga.MIGUEL - Poderia muito bem ser um "Primogênito", mas se esconde no vão da privada antes que você possa apreciar.LAGARTIXA - Mesmo com mais de 10 descargas, ele continua grudado na porcelana do vaso.
Dias de sombra, dias de luz ___ Jurandir Freire Costa
Sem o sonho de que os tempos sombrios passarão, viver serve para quê?Começo pelas sombras. O Brasil vive uma escalada da violência urbana desorientadora. Quando a lista de atrocidades parecia esgotar-se, aparece mais uma figura do medonho, do horror dos horrores, a morte do menino João Hélio. Será que somos uma aberração coletiva apelidada de nação? Será que somos uma civilização sem amanhã? Talvez sim, talvez não. Seja como for, para evitar o dano mais grave é preciso admitir o evidente: criamos uma sociedade inconseqüente que se vê a braços com o pior efeito da inconseqüência humana: a carnificina monstruosa, na qual crianças matam crianças, sem se dar conta da imoralidade do que estão fazendo.O assassinato de João Hélio por um adolescente que afirmou “não saber o que significa perder um filho assassinado porque nunca teve filho” mostra a face disforme do imaginário da terra de palmeiras onde cantam sabiás. O adolescente que disse ignorar o que é a dor de perder um filho assassinado porque nunca teve filho, exibiu, sem se dar conta, sua patológica cegueira de valores. Mas, sobretudo, mostrou que nunca teve a chance de saber o que é um pai, uma mãe, um filho, enfim, o que é amar e perder um ser amado a quem se deu a vida. Ao ser privado dessa experiência afetivo-moral básica, o jovem criminoso também foi privado de conhecer a distinção entre o justificável e o injustificável. A impiedosa engrenagem da miséria triturou sua capacidade de introjetar o sentido ético do que Levinas chamou de “infinita responsabilidade pelo Outro”!Aí, porém, reside a trágica antinomia da condição humana. Apesar de não ter controle sobre as causas que o levaram a agir como agiu, o garoto é responsável pelo que fez, a menos que o consideremos um puro espectro humanóide, o que seria incomensuravelmente mais desumanizante. Podemos, é claro, conceder-lhe o benefício da ausência de consciência plena do crime cometido; podemos olhar com clemência a dolorosa história de vida que o fez praticar o que praticou, mas não podemos isentá-lo da autoria do seu ato. Conclusão: é nosso dever ético condenar e procurar mudar, por todos os meios possíveis, regimes socioeconômicos que favoreçam a formação moral de pessoas sem consciência do que seja crueldade. Caso contrário, estaremos permanentemente expostos a um terrível impasse ético, qual seja, não saber como julgar alguém que não teve condições de dar sentido a palavras como culpa, crime e castigo.Renato Janine Ribeiro, ao comentar o homicídio do menino João Hélio, exprimiu esse mal-estar. A fantasia de vingança contra o assassino que lhe veio ao espírito, entretanto, nem significou incitação à tortura - longe disso!-, nem neutralidade moral em relação ao Bem e ao Mal. De minha perspectiva - e pode haver outra que não seja pessoal? -, ao escrever o que escreveu, ele pensou em carne viva e revelou um aspecto recalcado de nossa cultura, o convívio promíscuo com a barbárie. Reagindo como reagiu, mostrou o barro de que todos somos feitos, e seu discurso, por isso, foi objeto de numerosas contestações. Compreendo o sentido das objeções feitas, mas não concordo com a maioria delas.Nós, universitários ou acadêmicos, não somos anjos prudentes com uma régua de virtudes à mão, prontos para dirimir, judiciosa e incansavelmente, o que é joio e o que é trigo. Nossa tola vaidade nos faz pensar, muitas vezes, que “os outros”, os incultos ou conservadores, podem tropeçar na própria ignorância e não saber o que dizem ou dizerem “não sei”. Nós, não! Nós somos embaixadores do Iluminismo, do Humanismo ou de qualquer outro “ismo”. Por conseguinte, vir a público falar do que sentimos em momentos de comoção moral e intelectual significa confessar o pecado leigo de lesa-razão! Crime, diz-se, é com a justiça, e fora da justiça não há salvação. Porém, o que chamamos de justiça, entendida como lei ou direito instituídos, não nasce da cabeça de Zeus. Nasce de um sentimento anterior, pré-reflexivo e pré-racional, adquirido mediante experiências psicológico-morais primárias, que ao longo das vidas pessoais e da vida cultural tornam-se familiares. Acontecimentos extraordinários do ponto de vista moral podem, assim, fazer-nos hesitar quanto à propriedade e a natureza do que julgamos justo ou injusto. Nestas situações, o moralmente indecidível pode emergir, posto que a enormidade do fato ocorrido força-nos a oscilar, de modo ambivalente, entre o “impiedoso, frio e impessoal” e o “compassivo, passional ou leniente”. Esse é um dos efeitos mais nocivos da anomia cultural: suportar a dúvida de estar sendo, simultaneamente, injusto com a vítima e com o algoz. No caso de João Hélio, como decidir entre a piedade devida a cada um e a equanimidade devida a todos? O que é mais justo: pedir o endurecimento na punição do responsável pela morte de uma criança inocente brutalmente assassinada ou argumentar, em favor do adolescente assassino, que ele jamais teve condições de entender, por questões psicológico-sociais, que o direito à vida é uma prerrogativa de qualquer ser humano?Pode-se responder: podemos ficar ao lado dos dois, escolher um lado contra o outro, ou não querer pensar no assunto, pouco importa. O fundamental é que isto é da alçada da justiça válida para todos e não do arbítrio voluntarista ou dos espasmos emocionais de um só. Em parte, é verdade. Mas qual justiça, volto a perguntar? A dos códigos e protocolos ou a da aspiração ao respeito absoluto e inegociável pela singularidade do outro? O dilema é mais difícil do que se costuma fazer crer. Como bem apontou Olgária Mattos, não por acaso, Adorno, no julgamento dos nazistas, foi levado a dizer algo mais ou menos assim: não faria o menor gesto para condená-los à morte; não faria o menor gesto para poupá-los da morte! No mesmo tom, não foi algo semelhante que levou Hannah Arendt a dizer que há crimes sem perdão, pois aqueles a quem competeria perdoar já não podem mais fazê-lo, por terem sido mortos?Naturalmente, o infeliz garoto assassino não é um nazista. Ele é um sobrevivente social a quem foi sonegada a mais elementar possibilidade de valorizar a vida do próximo. Isso - creio e defendo - é razão suficiente para julgarmos seu crime com indulgência, mas não é motivo para recalcar o horror que podemos sentir, ao imaginar o que João Hélio sofreu e o desespero alucinadodos pais que viram o filho ser morto como foi. O gênio da língua tarda, mas não falta. Dispomos, em português, de uma palavra para designar filhos que perdem pais, qual seja, “órfão”; não dispomos de palavra alguma para nomear o que se torna um pai ou uma mãe que perde um filho. Este estado é feito de uma dor que não se inscreve na linguagem. Ele é provação extrema; é o mais escuro vazio e a mais lenta agonia; é algo que nenhuma lágrima apaga, porque é a nudez implacável da morte no coração de uma vida que gostaria de não mais ser, e, que, no entanto, é obrigada a continuar sendo.Diante dessa desmedida, afirmar que não se sabe o que fazer ou que se pode experimentar desejos de retaliação não significa jogar a ética na lama; significa mostrar que a malignidade de algumas circunstâncias sociais podem fazer o discernimento ético vacilar. Para alguns, isto é retórica vazia ou falta de coragem para tomar partido. Mas agir e pensar com justiça não é questão de tomar partido; é questão de experimentação sócio-moral, como sustentaram James, Dewey, Rorty; é questão de apostar, sem garantias e com riscos de frustração, na boa-vontade de nossos parceiros de vida em comum; é questão, enfim, do “perigoso talvez”, tão repetido pelo saudoso Derrida. O que fazer, então, para sanar este estado de coisas? Não há resposta fácil. Como, por exemplo, combater a secular injustiça brasileira, reforçando, ao mesmo tempo, as instituições democráticas, se dependemos, para isso, de parlamentares, que, na maioria, sequer se dão ao trabalho de ocultar do público a baixeza de seus mesquinhos interesses? Como fazer deste país um país tolerante, se os líderes intelectuais, empresariais, políticos etc, comportam-se como fanáticos encastelados em seitas ideológicas, sempre prestes a renunciar ao diálogo e à persuasão e a desqualificar com arrogância ou desdém a opinião do opositor? Como, enfim, restaurar o princípio da boa-fé atribuível, em primeira mão, ao outro, se vemos líderes políticos mentir despudoradamente ou empresários da locomotiva agrícola falando de “liberalismo”, enquanto literalmente escravizam ou deixam morrer por exaustão física seus empregados?Não sou derrotista ou desistente. Há coisas nas quais podemos acreditar porque existem e podem ser feitas. Dou dois exemplos. O primeiro é o da conversa recente entre o ex-prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, e três governadores recém-eleitos. O ex-prefeito foi direto ao ponto: “polícia sem cidadania e sem reforma urbana é o mesmo que nada”. E, prosseguiu, “quando era prefeito, ao invés de gastar US$ 2,2 bilhões em auto-estradas que beneficiariam 15 %o da população de Bogotá, decidi usar o dinheiro em transporte público, e, com o que sobrou, investir em escolas de qualidade, bibliotecas, parques, ciclovias e melhorias das calçadas. Nós demos a cidade aos pobres que não tinham como usá-la”.Tão simples quanto isso. Por que, então, já não fizemos o óbvio? Porque, de um lado, o arcaico senhoriato empresarial-político brasileiro empenhou-se em fabricar uma caricatura dos mais pobres como um bando de desclassificados indolentes, reprodutores irresponsáveis de criaturas que não sabem como alimentar e educar, e que, por isso mesmo, não merecem viver na mesma cidade que eles; de outro, porque boa parte dos que têm poder de agir na esfera pública e criticam essa concepção indigna do povo brasileiro demitiu-se, por cansaço ou decepção, da tarefa de formar uma elite comprometida com um projeto de nação. Elite, como bem disse a ministra Marina Silva, não é sinônimo de oligarquia vampiresca. Elite são os melhores; os que pensam e agem com a consciência da responsabilidade pública que têm, em função do poder social e da autoridade moral que souberam conquistar no legítimo exercício de seus talentos e competências.Encontramos, neste ponto, o segundo exemplo, que nos foi dado a ver pelo cineasta João Jardim, em seu belo documentário Pro dia nascer feliz. O filme trata da escolarização de adolescentes brasileiros de pequenas cidades rurais do Nordeste, da periferia das grandes cidades do Sudeste e da alta classe média paulistana. O resultado é impactante. Como seria previsível, presenciamos a trajetória de garotos que terminaram cometendo crimes e foram parar nos aviltantes centros de detenção de menores. O mais importante, contudo, é a surpresa de testemunhar o vigor do desejo de auto-realização e de justiça que anima tantos jovens brasileiros que ainda não sucumbiram á lavagem cerebral do “este país não presta”. Da humilde garota pernambucana que supera obstáculos gigantescos para concretizar suas aspirações literárias ao depoimento de duas garotas da escola paulistana, o que vemos é o desenho humano do que deveria ser uma verdadeira elite. O caso das garotas privilegiadas, em especial, é ainda mais eloqüente, pois contraria em tudo o clichê de alienação e insensibilidade colado aos jovens desse grupo social. Em uma cena, duas dessas garotas conversam, e, ao se referirem à injustiça social que lhes deu tudo, privando a maioria de quase tudo, uma delas diz: “São dois mundos separados”. Ao que a outra, com uma acuidade intelectual cirúrgica, responde: “O pior é que não são dois mundos, é um mundo só”.Eis uma das chaves da saída: um só mundo, um só povo. Com essa simples consciência, esses brasileirinhos decentes e encantadores mostram que possuem o senso de pertencimento a uma mesma comunidade de tradições, e, portanto, são capazes de reconhecer o direito dos demais ao mesmo respeito e oportunidade que lhes foram dados. No mundo deles - se permitirmos - mortes de inocentes como João Hélio serão lembradas, apenas, como dias de sombras que antecedem os dias de luz. No mundo deles - se permitirmos - a referência do pronome “nós”, na sensível expressão de Rorty, será estendida a todos os brasileiros e a todos aqueles que elegerem nosso país como um bom lugar para se viver. Sonho de bobo alegre, dirão os cínicos. Talvez. Mas - plagiando a rústica Macabéia de Clarice Lispector -, sem esse sonho, viver serve pra quê?

quarta-feira, 29 de abril de 2009

1 A1no

ATIVIDADE 1 ANO
01 - Relacionar as letras de música abaixo com as escolas literárias indicadas: @@@@@@@ TrovadorismoO TrovadorAltemar DutraComposição: (Jair Amorin / Evaldo Gouveia)Sonhei que eu era um dia um trovadorDos velhos tempos que não voltam maisCantava assim a toda horaAs mais lindas modinhasDe meu rio de outroraSinhá mocinha de olhar fugazSe encantava com meus versos de rapazQual seresteiro ou menestrel do amorA suspirar sob os balcões em florNa noite antiga do meu RioPelas ruas do RioEu passava a cantar novas trovasEm provas de amor ao luarE via então de um lampião de gásNa janela a flor mais bela em tristes ais@@@@ TrovadorismoQueixaCaetano VelosoComposição: N.Siqueira / E. NevesUm amor assim delicadoVocê pega e desprezaNão devia ter despertadoAjoelha e não rezaDessa coisa que mete medoPela sua grandezaNão sou o único culpadoDisso eu tenho a certezaPrincesa, surpresa, você me arrasouSerpente, nem sente que me envenenouSenhora, e agora, me diga onde eu vouSenhora, serpente, princesaUm amor assim violentoQuando torna-se mágoaÉ o avesso de um sentimentoOceano sem águaOndas, desejos de vingançaNessa desnaturezaBatem forte sem esperançaContra a tua durezaPrincesa, surpresa, você me arrasouSerpente, nem sente que me envenenouSenhora, e agora, me diga onde eu vouSenhora, serpente, princesaUm amor assim delicadoNenhum homem dariaTalvez tenha sido pecadoApostar na alegriaVocê pensa que eu tenho tudoE vazio me deixaMas Deus não quer que eu fique mudoE eu te grito esta queixaPrincesa, surpresa, você me arrasouSerpente, nem sente que me envenenouSenhora, e agora, me diga onde eu vouAmiga, me diga...@@@@@@ TrovadorismoSozinhoCaetano VelosoComposição: PeninhaÀs vezes, no silêncio da noiteEu fico imaginando nós doisEu fico ali sonhando acordado, juntandoO antes, o agora e o depoisPor que você me deixa tão solto?Por que você não cola em mim?Tô me sentindo muito sozinho!Não sou nem quero ser o seu donoÉ que um carinho às vezes cai bemEu tenho meus desejos e planos secretosSó abro pra você mais ninguémPor que você me esquece e some?E se eu me interessar por alguém?E se ela, de repente, me ganha?Quando a gente gostaÉ claro que a gente cuidaFala que me amaSó que é da boca pra foraOu você me enganaOu não está maduraOnde está você agora?Quando a gente gostaÉ claro que a gente cuidaFala que me amaSó que é da boca pra foraOu você me enganaOu não está maduraOnde está você agora?@@@@@@@ TrovadorismoIncelença pro amor retirante(Elomar)Vem amiga visitarA terra, o lugarQue você abandonouInda ouço murmurarNunca vou te deixarPor Deus nosso SenhorPena cumpanheira agoraQue você foi emboraA vida fulorôOuço em toda noite escuraComo eu a sua procuraUm grilo a cantarLá no fundo do terreiroUm grilo violeiroInhambado a procurarMas já pela madrugadaOuço o canto da amadaDo grilo cantadorGeme os rebanhos na auroraMugindo cadê a senhoraQue nunca mais voltouAo senhô peço clemênciaNum canto de incelençaPro amor que retirou.Faz um ano in janeiroQue aqui pousou um tropeiroO cujo prometeuDe na derradeira luaTrazer notícia suaSe vive ou se morreuDerna aquela madrugadaTenho os olhos na istradaE a tropa não voltou