poema frito na língua
samuca santos
da janela
maré enchendo
no mangue do quintal
saúnas festejam não-sei-o-que
aratus sobem nas cercas
os barcos, sábios
não dizem nada, balançam
e a manhã tem dois caminhos:
a espiral dos erros
as esquinas do caos
e um terceiro, inominável
e surdo, hemeticamente calado
não suporto esses dias
que começam com poemas assim
terça-feira, 10 de março de 2009
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